The hole.
Toda vez que eu emburaco eu venho pra cá. Mais que análise, mais que algum amigo ou amiga, esse é meu cantinho, só meu. Aqui eu choro, choro um monte, e depois respiro mais aliviada.
Assumo que eu fui rejeitada. Não sei exatamente porque é tão dificil lidar com essa situação, não só eu, mas acho que meia humanidade passa por esse problema. Uma questão que eu sempre tento avaliar é se eu to triste pela situação, pela rejeição, pelo orgulho narcísico, ou se eu realmente achava que tinha alguma coisa positiva na história. E dessa vez eu acho que sobrou pouco do meu ego ferido, e muito mais pela possibilidade que se extinguiu, pela porta que se fechou. É tão dificil conhecer algum ser pensante nos dias de hoje. Realmente pensante. E além do pensamento, alguém que te trate bem de verdade.
Uma amiga disse que não acredita mais em paixão, que isso é coisa da adolescência. Que quando nos tornamos adultos, viramos construidores de relacionamentos, e isso vai da dedicação que colocamos nessa relação. Essa teoria é simpática, mas eu ainda não estou nesse lugar. Onde eu estou, eu ainda queria me apaixonar, loucamente, e fazer um monte de besteiras.
É tão difícil chegar a um equilíbrio de o que queremos, e como nos apresentamos para o outro. O meu timming sempre foi meio diferente dos outros, eu sempre fui aquela chata que fica em cima rápido demais. Mas eu sou dessas pessoas que ou gosto e quero mais ou não gosto e chega. Mas as pessoas são enroladas e muitas vezes não sabem o que querem. E essa história de eu ser muito decidida e saber o que eu quero assusta as pessoas. E é sempre assim, quando você fala de uma coisa de verdade, pra valer, os meninos correm e morrem de medo. Engraçado que eu to me treinando pra tentar ser menos eu e mais os outros. Eu to tentando respeitar mais os tempos e vontades alheias, dar mais espaço para as pessoas. E logo quando isso acontece eu ouço o contrário, que eu deveria ter sido mais clara nos meus sentimentos, que eu deveria mostrar interesse.
É tudo meio confuso e triste nesse lugar que eu to agora. Eu não consigo me arrepender de ter dado mais espaço. Eu fico pensando se esse pedido tem sentido, se é uma coisa real. Se partiu de um sentimento real, ou se foi uma desculpa. Eu fico pensando se esse embrião poderia ter virado uma real relationship, e se realmente teria valido a pena esse envolvimento. Se a delicadeza do beijo e a intensidade do abraço teriam se transformado em cuidado e força no dia a dia. Se existiria respeito e carinho. Mas isso tudo é tão vazio e sem sentido agora. Me deprime pensar que tudo virou pó e se foi....
1 Comments:
tb escrevi sobre a teoria da nossa amiga, mas falei mais sobre o Plano de Carreira, não sei se vc viu...
Bom, vc sabe que eu nao acredito em nada disso, né? Ou melhor, que eu só acredito na paixão.
Enfim, que bom que vc voltou :)
beijos!
Postar um comentário
<< Home